Olá, Amadas!
No blog de hoje eu quero conversar com vocês sobre um tema superinteressante, pouco discutido, mas que pode ser muito valioso para nós como pessoas e, é claro, como profissionais do mercado de cosmética artesanal: As Gerações!
Saber em qual geração cada um de nós nasceu é mais do que uma curiosidade: é um mapa de contexto que mostra como o mundo nos moldou e onde dá para destravar implicações e hábitos para seguirmos mais leves, prósperos e conscientes.
É importante antes de mais nada entender que cada geração é uma lente de análise, não uma caixinha para rotular ou limitar nossos potenciais; muito pelo contrário, entender sobre isso é como colocar uma lupa, que pode servir para entender padrões e verificar posturas. E é a partir dessa aquisição de consciência que a magia da mudança acontece!
Ahhhh e lá no final da matéria eu te dou dicas incríveis de como acessar cada tipo de geração para apresentar e vender melhor os seus produtos!!
Bora lá?
O QUE É “GERAÇÃO”
Quando falamos em geração, estamos olhando para cortes de nascimento que reúnem marcos históricos, culturais, econômicos e tecnológicos durante a formação da identidade de uma pessoa.
Os recortes mais usados hoje trazem:
GERAÇÃO SILENCIOSA (1928–1945)
A chamada “Silent” (silêncio em inglês) antecede os Boomers e costuma ser delimitada entre 1928 e 1945, sendo marcada por infâncias e adolescências sob crises globais e de transição social, o que favoreceu valores de DISCIPLINA e RESILIÊNCIA.
Pontos fortes: foco, parcimônia e senso de dever.
Desafios: dificuldades e menor abertura à experimentação.
Como trabalhar: Entender essas características ajuda a acolher ritmos diferentes dentro da família e do trabalho.
A GERAÇÃO DOS BABY BOOMERS (1946–1964)
Nascidos no pós-guerra, os Boomers foram impactados pela expansão massiva da TV e por uma economia de crescimento, o que ativou AMBIÇÃO, COMPETITIVIDADE e AMOR PELA ESTABILIDADE CONQUISTADA.
Pontos fortes: experiência, perseverança e visão de longo prazo
Desafios: tendência a hierarquizar demais e resistir a novas formas de trabalhar.
Como trabalhar: Considerar isso abre espaço para diálogo intergeracional sem atrito.
GERAÇÃO X (1965–1980)
A Geração X cresceu com a revolução dos computadores, no intervalo entre a TV dominante e o digital nascente, desenvolvendo AUTONOMIA, PRAGMATISMO E SENSO DE “DAR CONTA DE TUDO”.
Pontos fortes: adaptabilidade e execução.
Desafios: cinismo e sobrecarga silenciosa.
Como trabalhar: Mapear esses padrões ajuda a delegar, pedir apoio e construir rotinas mais sustentáveis.
MILLENNIALS OU GERAÇÃO Y (1981–1996)
A geração do milênio foi moldada pela explosão da internet e pela entrada no mercado de trabalho em meio à grande recessão, o que combinou MENTALIDADE DIGITAL COM ANSIEDADE POR ESTABILIDADE E PROPÓSITO.
Pontos fortes: colaboração, criatividade e alfabetização digital.
Desafios: comparação crônica e frustração com trajetórias não lineares
Como trabalhar: Nomear essas características permite trocar pressa por consistência e ritualizar o progresso, amadas.
GERAÇÃO Z (1997–2012)
A Geração Z já nasceu em ambiente “sempre conectado”, com smartphone, redes sociais, Wi‑Fi e streaming como padrão desde a infância, o que acelera o acesso à informação e REINVENTA A PERCEPÇÃO DE PERTENCIMENTO E CONSUMO.
Pontos Fortes: autodidatismo, multiformato e consciência de diversidade
Desafios: distração, sobrecarga informacional e vulnerabilidade ao comparativo social
Como trabalhar: Criar limites saudáveis com tela e rotina de cuidado é a chave.
GERAÇÃO ALPHA (2010–2024)
A Geração Alpha tende a se destacar por fluência tecnológica, aprendizado visual-interativo e alta capacidade de adaptação, enquanto enfrenta desafios ligados à hiperexposição a telas, atenção fragmentada, riscos de socialização e segurança digital que exigem mediação adulta.
É uma coorte numerosa e influente, com poder de consumo crescente e expectativa por experiências personalizadas, mas que precisa de limites e diretrizes claras para transformar conectividade em bem‑estar e aprendizagem saudável.
Pontos Fortes: Fluência digital e navegação precoce em dispositivos e plataformas, potencial de desenvolver coordenação, pensamento espacial e multitarefa via jogos e conteúdos audiovisuais, crescem em contextos mais plurais e personalizados, o que amplia repertórios de expressão, consumo e colaboração global.
Desafios: Exposição intensa a telas desde muito cedo, com efeitos potenciais em atenção, socialização e hábitos de vida que pedem limites claros e mediação intencional.
Como trabalhar: Por sua tendência a buscar respostas rápidas e formatos curtos, podem sentir dificuldades em manter o foco sustentado e leitura profunda, é importante sempre que haja um contrapeso pedagógico.
COMO AS FAIXAS SE DEFINEM
Os recortes não são ciência exata; são ferramentas para comparar as faixas e entender como eventos diferentes deixam marcas distintas nas atitudes e decisões de cada um.
Esses eventos nos moldaram, cada camada tecnológica e histórica ajuda a explicar por que cada geração sente, comunica e decide de maneiras diferentes, e por que, para que as gerações colaborem entre si é necessário haver consciência, colaboração e um alinhamento de expectativas, entendendo as diferenças que cada uma tem para a “Visão de mundo”.
Você já parou para pensar como cada geração teve uma infância e uma criação diferente por conta dos contextos?
Por exemplo: Boomers foram impactados pela TV e prosperidade do pós-guerra; Geração X pela chegada dos computadores; Millennials pela internet; Geração Z pelo mobile first (tudo na palma da mão e na tela do celular o tempo todo) e redes; Alpha que já nasceram rodeados por telas em todos os seus ambientes, inclusive nas escolas.
É importante lembrar também que diferenças dentro de uma mesma geração podem ser tão grandes quanto entre gerações, então evite generalizar pessoas dentro de uma caixinha e use essa “lente” que permite ver as diferenças entre cada um como um aliado na hora de entender o outro e alinhar expectativas.
Ao nomear forças e armadilhas típicas, criamos uma linguagem comum para negociar prazos, feedback e cuidado, trocando atrito por acordos claros e aprendizagem entre idades!!
POR QUE ISSO É IMPORTANTE NO DIA A DIA
Quando entendemos o “de onde eu vim” geracional, ganhamos vocabulário para atuar em torno da origem e dos valores das pessoas a nossa volta, conseguindo assim atualizar estratégias e reprogramar hábitos de trabalho, estudo, vendas e autocuidado.
É assim que a gente sai do automático, escolhe novas respostas e transforma a rotina em experiência, mesmo no nosso trabalho como artesãs, você pode usar esse conhecimento do briefing de uma criação até o pós‑venda, da bancada à vitrine, é sobre dar contexto e voz à maneira de ver o mundo que cada um tem, e isso é altruísta e democrático. Faz com que as pessoas se sintam realmente vistas e ouvidas!
APLICANDO ESSE CONHECIMENTO NO NOSSO NEGÓCIO
Comunicação: ajuste do tom ao repertório geracional.
- Dê sempre mais contexto para Boomers e Geração X;
- Seja mais visual, rápido e interativo para Millennials e Geração Z
- Aposte no lúdico e guiado para os Alpha.
Agora, vou te dar alguns exemplos de como adaptar o seu modo de trabalhar com artesanato levando em consideração cada uma das características das gerações:
Baby Boomers: confiança e resultado
Os Boomers valorizam qualidade percebida, atendimento próximo e rituais clássicos de autocuidado, respondendo muito bem a kits presenteáveis, fragrâncias atemporais e promessas de eficácia com segurança.
Valorizam os canais de comunicação com serviços humanos: loja física, WhatsApp e catálogo físico, acessá-los por essas vias constrói um vínculo. Pensando no quesito segurança, tags e folhetos explicativos com boas práticas de rituais de beleza e utilização do produto reforçam a confiança na produção artesanal.
Geração X: pragmatismo e valor
A Geração X equilibra orçamento e desempenho, comparando rótulos e optando por soluções funcionais que “resolvem de primeira” (sabonetes terapêuticos, velas com benefícios, rotinas enxutas, produtos 2em1).
Conteúdos didáticos sobre ingredientes e cuidados de uso, combinados a catálogos claros e consistentes, aceleram a decisão pela compra quando falamos sobre essa geração.
Millennials (Geração Y): propósito e transparência
Millennials impulsionam o “premium acessível” e pagam mais quando entendem a origem e percebem valor no seu produto, rastreabilidade e história do artesão, desde que a entrega seja consistente e a marca viva seus de fato os valores que promete.
Sustentabilidade e embalagem consciente pesam na compra, mas rejeitam greenwashing (ou seja, é uma estratégia de marketing enganosa, em que o discurso “verde” é usado apenas para atrair consumidores preocupados com o meio ambiente, mas na prática as ações não correspondem).
Além disso, pedem dados objetivos e storytelling honesto sobre ingredientes.
Geração Z: velocidade, ciência e inclusão
A Geração Z pesquisa ingredientes e benefícios antes de comprar, alternadamente entre loja física e online, experimenta marcas novas com frequência e espera preço‑valor justificado por evidência e desempenho.
Essa geração valoriza comunicação autêntica, produtos inclusivos de gênero e práticas sustentáveis verificáveis, preferindo marcas que convidam para cocriação e mostram bastidores reais da bancada.
Geração Alfa: influência precoce e segurança
Um Alpha nasce 100% no século XXI, mediado por telas e por pais Millennials, o que acelera a descoberta lúdica e critérios de segurança e didatismo nas escolhas familiares.
Para marcas artesanais, materiais educativos sobre uso seguro, fragrâncias suaves e embalagens com informações claras ganham relevância em kits infantis e presentes pedagógicos.
MAS E EU? COMO ME IDENTIFICAR SEM ME LIMITAR?
Use a sua data de nascimento como ponto de partida, leia o contexto que moldou seu início de vida e observe o que ainda guia as suas escolhas hoje. Avalie: aquilo que ajuda, fica; o que te trava, a gente recicla, ressignifica!
Lembre-se só de tomar consciência de um padrão que você segue, já estará com uma parte do caminho andado em direção à mudança. O importante é usar esse “mapa de comportamentos” para negociar necessidades e praticar hábitos compatíveis com o presente que você quer construir, e não necessariamente com o que foi PROGRAMADA para querer.
Por exemplo, se você sempre diz para si mesma: “Ahhhh eu não tiro fotos boas porque não tenho intimidade com tecnologia, não sei mexer bem no celular”.
Que bom que você percebeu esse limite, mas isso não necessariamente é uma sentença, que determina que você nunca conseguirá!
Pense: “De que forma eu posso mudar essa minha realidade?” Fazer um curso específico? Pedir ajuda a alguém que seja paciente e esteja disposto a me ensinar?
Quando tomamos consciência dessas nossas crenças limitantes e temos a coragem e vontade de mudar, O CÉU O LIMITE!!
DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO, UM PACTO
Se cada geração traz um presente, o melhor que fazemos é trocar saberes: constância dos bem mais velhos, adaptabilidade dos que estão na fase adulta e velocidade e imaginação dos mais novos — todo mundo ganha!
E quando cada uma entende seu padrão, o catálogo da vida fica mais bonito: menos ruído, mais presença, mais propósito!
Que cada uma leve deste estudo um compromisso simples: presença no hoje, constância no fazer e verdade na comunicação — quem sente verdade, confia; quem confia, volta.
Com amor, respeito e mãos à obra, não é só sobre arrasar: é sobre transformar vidas com arte, propósito e entrega — é assim que seguimos, sempre!!
Beijuuuuuuuuuuuuuuuuu
Deixe uma resposta
Want to join the discussion?Feel free to contribute!