O MITO DAS ESSÊNCIAS: A VERDADE POR TRÁS DA QUÍMICA

Olá, Amadas!

Quantas vezes você já ouviu alguém dizer: “Ah, mas isso tem química, então faz mal!”? Eu por aqui já ouvi mil e uma vezes, e essa ideia tão comum só cria medo e desinformação, especialmente quando falamos sobre essências!

Existe um verdadeiro mito em torno das essências, como se todo componente químico fosse um vilão invisível, pronto para prejudicar nossa saúde. Mas será que isso é mesmo verdade? Spoiler: NÃO É!

Ao longo do nosso papo de hoje, vamos desvendar esse mito de uma vez por todas. Você vai entender por que tudo o que nos cerca é química (e isso é maravilhoso!), como a diferença entre natural e sintético pode ser mal interpretada, qual é o papel das regulamentações na sua segurança e, claro, vamos responder àquelas dúvidas que não saem da cabeça do vocês sobre VOCs, acetaldeído, partículas ultrafinas, petrolatos e parabenos.

Prepare-se para descobrir um novo olhar sobre as essências e se libertar de medos desnecessários!

Bora lá?

MAS ANTES DE COMEÇAR…

Quando falamos em nomenclaturas é comum que os termos se confundam, mas cada um tem seu significado próprio.

Óleo essencial é um líquido aromático e volátil extraído de plantas por destilação ou prensagem, composto por moléculas como terpenos, álcoois e aldeídos, que carregam a característica olfativa da espécie de origem.

Essência, na linguagem popular é o concentrado aromático, físico, usado para perfumar bases como sabonetes, velas e difusores — muitas vezes usada como sinônimo de “cheiro” sem ser um óleo essencial puro.

Fragrância, popularmente conhecido no nicho artesanal como essência, é uma composição perfumística estruturada em notas de saída, corpo e fundo, que pode reunir matérias-primas naturais e/ou sintéticas para criar identidade olfativa e transmitir sensações agradáveis.

Aroma é um produto feito e regulamentado para a ingestão, assim como o termo em si, que é relacionado ao universo alimentício, ou seja, o termo também aparece quando falamos apenas do cheiro, como aroma de café, chocolate, menta ou maracujá, por exemplo, onde o olfato e o paladar caminham juntos.

Entender essas diferenças ajuda a desfazer confusões comuns e valorizar a riqueza que existe em cada categoria aromática.

Agora sim: Bora lá!!!

TUDO É QUÍMICA!!

Vamos fazer um exercício gostoso? Feche os olhos e respire fundo… Pronto?

O ar que entrou nos seus pulmões agora mesmo é química pura! Beba um gole d’água e você estará ingerindo “H₂O” – mais química! Coma uma maçã e veja uma sinfonia incrível de carboidratos, fibras, vitaminas e antioxidantes – todos compostos químicos trabalhando juntos para nutrir seu corpo.

O problema nunca é “ter química” ou “não ter química”. A grande questão é: qual é o tipo de substância, em que quantidade está presente e como ela é utilizada? É isso que faz toda a diferença!

Como já dizia Paracelso (médico, químico e biólogo) há mais de 500 anos: “a dose faz o veneno”. Até mesmo nossa querida água, essencial para a vida, pode ser perigosa se consumida em excesso. Imagina só: você pode ter intoxicação por água! Quem diria, né?

Da mesma forma, uma fragrância bem formulada passa por controles rigorosos para garantir que cada gotinha seja segura para você e para o meio ambiente. O medo nasce quando a palavra “química” é usada como sinônimo de perigo, quando na verdade ela é sinônimo de VIDA.

 

O MITO DO “NATURAL É SEMPRE MELHOR” (QUE PEGADINHA!)

Aqui está uma das crenças mais enraizadas: “natural é sempre melhor”. Quem nunca ouviu que óleos essenciais, por serem naturais, são 100% seguros? Mas espera aí… isso não é bem assim!

Sabe o óleo essencial de bergamota que todo mundo adora? Lindo, cheiroso, natural… mas se você aplicar puro na pele e sair no sol, pode ter queimaduras sérias e manchas permanentes! É natural, mas definitivamente não é inofensivo.

E o óleo de limão? Quando oxidado (e óleos essenciais oxidam sim!), pode causar alergias fortíssimas na pele. A natureza não tem controle de qualidade, ela não regula concentrações, então, esse controle fica a cargo de quem usa o óleo essência puro, de saber o que pode e o que não pode fazer com ele…. aí eu te pergunto? Você sabe o limite entre o seguro e o perigoso quando usa os óleos essenciais puros? É aí que mora o perigo!!!

Já as fragrâncias desenvolvidas em laboratório são criadas justamente para oferecer estabilidade, consistência e segurança. São combinações equilibradas e inteligentes de moléculas naturais e sintéticas, todas reguladas e testadas. O segredo não está na origem, está no equilíbrio, nas quantidades seguras para cada componente e no controle de qualidade.

 

O PARADOXO DOS PRODUTOS “SEM FRAGRÂNCIA

Essa é para você que sempre procura produtos com aquela etiquetinha “sem fragrância pensando que está fazendo a escolha mais segura…

Plot twist: muitos desses produtos têm ingredientes adicionados justamente para mascarar cheiros ruins da fórmula base! Ou seja, eles têm sim substâncias aromáticas, só não são declaradas como “fragrância”.

É como se fosse um truque de marketing que confunde nossa cabeça. Esses mascaradores de odor também são componentes químicos, mas ficam “escondidos” porque tecnicamente não são “fragrância”. Irônico, não é?

 

A CIÊNCIA POR TRÁS DA SUA SEGURANÇA

Meu amor, por trás de cada fragrância que chega até você existe um trabalho científico de ANOS! Não é uma misturinha aleatória feita de qualquer jeito. A indústria séria segue normas rígidas que são obrigatórias no mundo todo.

Vou te contar alguns exemplos dessas regulamentações que protegem você:

IFRA (International Fragrance Association): A rainha das regulamentações! Define regras para mais de 2.500 ingredientes com base em estudos científicos pesados. Se a IFRA fala “não pode”, nenhuma empresa séria usa.

Carta de Alergênicos: Documento que lista os 26 alérgenos que precisam ser declarados quando ultrapassam limites mínimos. É transparência total!

Fichas de Segurança (FDS): Uma espécie de “CPF químico” de cada fragrância, detalhando todos os componentes e cuidados. Cada ingrediente tem sua identidade completa!

ANVISA no Brasil: Nossa vigilância nacional que garante que tudo que chega aqui está dentro dos padrões de segurança internacional.

 

PERGUNTAS QUE TODO MUNDO FAZ

Para deixar esse papo ainda mais completo, vamos às perguntas mais comuns das alunas sobre alguns componentes químicos.

  • VOCs (Compostos Orgânicos Voláteis)

Sim, fragrâncias têm VOCs, mas calma! Esses compostos também estão no cheiro das flores, no aroma do café quentinho e até na fragrância natural da sua pele. A diferença está na quantidade e tipo de VOC.

Quando você sente o perfume de uma rosa, está cheirando VOCs naturais da planta. Quando usa uma fragrância, está cheirando VOCs controlados, fiscalizados e seguros. É a mesma lógica, mas com ciência e segurança garantida.

  • Acetaldeído

Nossas essências NÃO contêm acetaldeído! Esse composto está relacionado à poluição de carros e combustão industrial. É um poluente atmosférico que você respira na rua, não um ingrediente da perfumaria.

  • Partículas Ultrafinas

Também NÃO fazem parte das nossas essências cosméticas! Essas partículas vêm de fumaça de carro, queimadas e chaminés industriais. Fragrâncias funcionam por evaporação molecular, não por partículas sólidas.

  • Petrolatos e Parabenos

Petrolatos: Derivados de petróleo usados em alguns cosméticos, mas não estão nas essências! A base das fragrâncias é álcool etílico e água.

Parabenos: Conservantes que evitam fungos e bactérias. Podem estar em algumas essências dependendo da formulação, mas sempre dentro dos limites seguros estabelecidos pelos órgãos de saúde. E olha: você consome mais parabenos naturais comendo mirtilos do que usando cosméticos!

 

COMPARANDO RISCOS: VAMOS COLOCAR ISSO EM PERSPECTIVA?

Sabe qual a incidência real de reações alérgicas a fragrâncias? Entre 1-3% da população. Para comparar: alergia a níquel (das bijuterias) afeta 10-15% das pessoas, e reações a produtos de limpeza são muito mais comuns.

A maioria das reações a fragrâncias são leves e temporárias – uma vermelhidão que passa rapidamente. Reações graves são raríssimas quando os produtos são usados corretamente e desenvolvidos por empresas sérias e regulamentadas.

Por isso eu bato sempre na tecla de que usar matérias primas de qualidade na sua produção é ESSENCIAL!

 

DICAS DE OURO PARA USAR COM SEGURANÇA E CONSCIÊNCIA

Escolha empresas confiáveis: Opte por marcas que seguem as regulamentações e investem em qualidade. Qualidade tem preço, e fragrâncias muito baratas podem ter formulações duvidosas, então cuidado!

Teste antes de usar: Faça sempre um teste de patch no punho e aguarde 24-48 horas. Se você tem pele sensível, prefira aplicar na roupa ou cabelo.

Use na quantidade certa: Mais não é sinônimo de melhor! Use na quantidade recomendada para aproveitar melhor e evitar desconforto.

Armazene bem: Mantenha em local fresco e seco, longe do sol direto. Isso preserva a qualidade e segurança.

 

A indústria está sempre evoluindo! Hoje temos ingredientes sintéticos sustentáveis que substituem materiais raros da natureza, protegendo a biodiversidade e oferecendo mais segurança.

transparência também está crescendo – muitas empresas já divulgam ingredientes além do obrigatório, permitindo escolhas mais conscientes. E a tecnologia está criando fragrâncias personalizadas que se adaptam ao seu perfil único!

Chegamos ao final dessa conversa libertadora! Fragrâncias são química, sim!      e isso é maravilhoso! A questão nunca foi ser natural ou sintético, mas ser seguro, regulamentado e bem formulado.

Quando você conhece a fundo o que usa, deixa de ter medo e passa a ter consciência. Fragrâncias não são inimigas – são resultado de ciência, tecnologia e muito carinho. São histórias, emoções e memórias que perfumam nossa vida.

Os órgãos regulamentadores, a IFRA, a ANVISA e décadas de uso seguro por milhões de pessoas comprovam: você pode usar suas fragrâncias favoritas com total tranquilidade.

A informação faz a diferença. Escolha conhecer ao invés de temer. Confie na ciência, aproveite seus aromas favoritos e celebre como a tecnologia nos permite desfrutar com segurança de um dos prazeres mais antigos da humanidade: o perfume!

No fim das contas, perfumar o mundo é espalhar alegria – e isso nunca fez mal a ninguém, não é mesmo?

Beijuuuuu

(e até a próxima descoberta científica!)

 

 

Perfume para cabelo

Materiais necessários para 500ml:

Materiais de apoio:

Modo de fazer:

No becker adicione primeiro o álcool, em seguida a essência e misture bem por alguns minutos, esta ação serve para “abrir” a essência, essa etapa é importante para diluir a essência, abrindo suas notas e potencializando tanto a qualidade da perfumação quanto a fixação do produto. Em seguida, acrescente o óleo de silicone e misture novamente. Ele se dissolverá totalmente, sem pesar no cabelo ou ficar no fundo do frasco. Por último, adicione a água e misture mais uma vez para finalizar a preparação.

Obs .: Sei que vai perguntar: “Posso trocar o óleo de silicone por glicerina bidestilada?” Embora sejam semelhantes em textura e cor, são produtos totalmente diferentes em função e efeito. O silicone forma uma película protetora nos fios, enquanto a glicerina tem outra função umectante e pode deixar os fios do cabelo pesado. Se quiser, pode fazer o teste, mas vale conferir a descrição completa de cada produto na loja virtual para entender melhor as diferenças antes de substituir.

Agora vamos colorir, no becker menor adicione 20ml de álcool de cereais e coloque gotas do corante cosmético, misture bem. Em seguida, vá adicionando essa mistura aos poucos no becker maior, mexendo sempre, até obter o tom desejado.

Acredita que já está pronto seu perfume para cabelo. Basta envasar o produto no frasco escolhido.

Modo de usar: Agite antes de usar e borrife o perfume a uma distância de 10 a 20 cm dos fios, evitando a raiz. Pode usar ao longo do dia sempre que desejar.

 

Deo Colônia

Materiais necessários (para 500ml de produto final):

Materiais de apoio:

 

Modo de fazer:

No becker adicione primeiro o álcool, em seguida a essência e misture bem por alguns minutos, esta ação serve para “abrir” a essência, essa etapa é importante para diluir a essência, abrindo suas notas e potencializando tanto a qualidade da perfumação quanto a fixação do produto. Em seguida, acrescente a água e misture.

Agora vamos colorir, no becker menor adicione 20ml de álcool de cereais e coloque gotas do corante cosmético, misture bem. Em seguida, vá adicionando essa mistura aos poucos no becker maior, mexendo sempre, até obter o tom desejado.

Acredita que já está pronto, mas se você quer elevar ainda mais a qualidade e fixação da fragrância, é ideal realizar o processo de maceração.

Processo curto de maceração:
Coloque a mistura do becker em um frasco transparente feche-o e deixe por mais 18 horas no escuro e dentro do armário. Passado esse período retire-o do armário e deixe-o aberto, em luz e temperatura ambiente por 6 horas. Repita esse processo por três dias.

Processo longo de maceração:
Coloque a mistura do becker em um frasco transparente, coloque dentro de um saquinho para evitar de passar cheiro para os alimentos e leve ao congelador durante 3 dias. Após esse período tire do saco, abra o frasco e deixe-o com luz e temperatura ambiente por 1 dia. Repita esse processo por três vezes (3 dias dentro do congelador e 1 dia em temperatura ambiente).

Após a maceração, basta envasar o perfume no frasco, aplicar um rótulo encantador e desfrutar da sua Deo Colônia.

Modo de usar:
Aplique sobre a pele limpa e seca, pulverizando em áreas estratégicas como pulsos, pescoço e atrás das orelhas regiões onde a temperatura é mais elevada, o que ajuda a intensificar a fragrância.

Validade: 2 anos

 

O MÉTODO DA ANÁLISE DAS 3 ONDAS

O CAMINHO PARA COMEÇAR COM SEGURANÇA E CONFIANÇA

Olá, Amadas!

“Quantas vezes você já se perguntou: “Por onde eu começo a vender meus produtos?”, essa é, sem dúvida, a pergunta que mais recebo de alunos, artesãos e pessoas que decidem mergulhar no universo da criação de produtos artesanais.

À primeira vista, a dúvida parece simples. Mas, no fundo, ela revela algo muito maior: a busca por um caminho seguro, por clareza nas escolhas e por confiança para dar os primeiros passos.

Muita gente se perde nesse começo, acreditando que precisa de fórmulas mirabolantes, grandes investimentos ou até de um “golpe de sorte” para conquistar resultados. Mas a verdade é outra: o ponto de partida está muito mais perto do que você imagina.

Foi a partir dessa inquietação, e da vontade de simplificar esse início, que criei um método prático, inspirador e transformador: a análise das 3 ondas.

Esse método mostra que você não precisa começar olhando para fora, tentando conquistar desconhecidos. Pelo contrário: tudo o que você precisa já está aí, ao seu redor, dentro da sua rede sociável.

E quando falo em rede sociável, não me refiro às redes digitais, como Instagram ou Facebook. Estou falando das pessoas reais que fazem parte da sua vida, aquelas que convivem com você, que conhecem sua essência, que torcem por você (ou até que duvidam — e isso também é importante). É nesse círculo de pessoas que você vai encontrar não só os primeiros compradores, mas principalmente os primeiros validadores do seu trabalho. Aquelas que convivem com você, que conhecem sua essência, confiam em você e que podem se tornar as primeiras a validar, apoiar e até consumir aquilo que você cria.

Pronto para entender como esse método funciona e, quem sabe, encontrar nele a resposta que faltava para dar seu próximo passo com confiança?

Então vem comigo!

 

O PODER DAS ONDAS

Imagine jogar uma pedra em um lago. Assim que ela toca a superfície, cria círculos que vão se expandindo cada vez mais. Essa imagem é perfeita para entender o método das três ondas.

O primeiro impacto — o ponto em que a pedra toca a água — é você. É o seu trabalho, a sua dedicação, a sua energia criativa.

A partir daí, as ondas começam a se formar e se espalhar, alcançando grupos diferentes de pessoas. E é justamente nessa ordem de proximidade que mora a grande sacada do método:

ANTES DE QUERER CONQUISTAR O MUNDO, CONQUISTE O SEU ENTORNO!

Essa lógica parece simples, mas ela muda completamente a forma de enxergar o início de um negócio. Em vez de gastar energia tentando agradar um público desconhecido, você aprende a olhar para quem já está com você.

Primeiro, fortaleça perto. Depois, expanda longe.

 

PRIMEIRA ONDA: OS MAIS PRÓXIMOS

A primeira onda é o seu círculo íntimo. São as pessoas que vivem com você ou que estão tão próximas que acompanham de perto a sua rotina: familiares, amigos inseparáveis, aquele colega que está sempre por perto.

Esse grupo é o mais sincero, para o bem e para o mal. E veja, pessoas que criticam seu trabalho nem sempre representam algo negativo. Muito pelo contrário!

Se você fizer algo incrível, eles serão os primeiros a se orgulhar. Se algo não estiver bom, também serão os primeiros a apontar (às vezes até sem jeito, mas vão falar). E é exatamente isso que faz dessa onda tão valiosa.

Quer exemplos práticos?

  • Criou um sabonete com fragrância cítrica? Entregue para sua mãe sentir o cheiro e diga: “Fala a real, você usaria?”
  • Montou um kit presente? Mostre para aquele amigo crítico e observe a reação espontânea que ele terá ao olhar para o seu trabalho.
  • Fez um rótulo novo? Pergunte para seu irmão qual impressão ele tem ao bater o olho.

Essa sinceridade não tem preço!!

Essas pessoas sentem o reflexo direto de tudo o que você faz. Elas sabem quando você está animado, percebem quando algo te preocupa e vibram junto com suas conquistas. É justamente por essa proximidade que a primeira onda é tão especial: ela é sua fonte mais direta de feedback sincero.

Aqui, você pode perguntar sem vergonha:

  • O que você acha desse cheiro?
  • Prefere essa cor ou aquela?
  • Esse produto combina com o seu dia a dia?

E a resposta vem rápida, espontânea e, muitas vezes, sem filtro. Pode doer um pouco ouvir um “não gostei”, mas esse retorno é ouro puro. É ele que vai te ajudar a moldar seus primeiros produtos, ajustar detalhes e, acima de tudo, ganhar confiança.

E não é só sobre o produto: é sobre o jeito como você organiza o trabalho, a dedicação que demonstra e até a postura que assume. Quantas pessoas você conhece que começaram a fazer artesanato, empolgaram nos primeiros dias e logo desistiram? Resultado: queimaram o filme com a própria família.

Agora, imagine o contrário. Imagine entregar algo caprichado, bonito, organizado, feito com carinho. Essa mesma família, que talvez tivesse dúvidas, vai sentir orgulho. Vai contar para outros, vai apoiar, vai indicar. Esse crédito inicial também te dá segurança para seguir.

 

SEGUNDA ONDA: AMIGOS E CONHECIDOS

A segunda onda é formada por pessoas que conhecem você, mas não participam do seu cotidiano íntimo. São amigos que você encontra em aniversários, colegas de escola ou faculdade, parentes mais distantes e até seguidores que te acompanham de forma mais superficial nas redes sociais.

Esse grupo é maior e exige um pouco mais de estratégia. Enquanto na primeira onda você consegue focar em poucos produtos ou fragrâncias, na segunda é importante pensar em mais opções. O motivo é simples: quanto mais diverso o grupo, mais variados são os gostos.

Aqui, a confiança não vem apenas da convivência, mas da sua reputação. Eles acreditam em você porque sabem da sua história, acompanham seu esforço e reconhecem sua dedicação. Mas é preciso entregar algo à altura. Se você erra muito na primeira onda, dificilmente terá força para conquistar a segunda.

E sabe o que é mágico? Quando você acerta nesse grupo, a divulgação começa a ganhar corpo. Alguém dessa segunda onda posta um stories mostrando seu produto, marca seu nome, indica para um amigo. Aos poucos, a sua marca começa a circular em ambientes onde você nem estava presente.

 

TERCEIRA ONDA: O CÍRCULO AMPLIADO

Chegamos à terceira onda. Aqui estão as pessoas que sabem que você existe, mas não têm laços de amizade ou proximidade. Podem ser colegas de trabalho, conhecidos de conhecidos, seguidores que curtiram um post seu sem nunca conversar com você.

À primeira vista, pode parecer o grupo menos importante. Mas, na verdade, ele é o que mais amplia o alcance do seu trabalho.

É na terceira onda que você começa a perceber a força do “boca a boca”. Um amigo da segunda onda indica para alguém, que indica para outro, e quando você percebe, seu produto chegou até alguém que você nunca imaginou alcançar.

Esse efeito de propagação é poderoso. É o que transforma um pequeno ateliê em uma marca reconhecida. É o que faz o seu trabalho deixar de ser apenas uma renda extra para se tornar uma fonte sólida de crescimento.

 

O VALOR DA SUA REDE SOCIÁVEL

Ao compreender as três ondas, fica claro que não é necessário,  nem inteligente, começar logo de cara, tentando atingir desconhecidos nas redes sociais.

O segredo está em olhar para o que já existe ao seu redor!

A sua rede sociável é o seu maior ativo. É nela que você encontra apoio, feedback, credibilidade e alcance. É com ela que você constrói as primeiras bases sólidas do seu negócio.

E mais: ao ouvir sua rede, você não está apenas testando produtos. Você está aprendendo sobre comportamento, preferências e necessidades. Está entendendo quais fragrâncias geram mais conexão, quais embalagens despertam desejo, quais cores comunicam melhor. Cada resposta é uma bússola para o seu crescimento.

 

CONCLUSÃO: UM MÉTODO PARA COMEÇAR COM CLAREZA

Se você está perdido, sem saber por onde começar, o método das três ondas mostra que o caminho não é tão complicado quanto parece. Ele começa com algo simples, mas poderoso: olhar para as pessoas que já estão na sua vida.

Na primeira onda, você encontra apoio e sinceridade.
Na segunda, constrói credibilidade e confiança ampliada.
Na terceira, gera visibilidade e expansão orgânica.

Seguindo esse passo a passo, você cria uma base sólida aprendendo com cada etapa e transformando insegurança em confiança.

Porque, no fim das contas, o valor do que você faz não está apenas no produto. Está em você: na sua criatividade, no seu cuidado, no amor que coloca em cada detalhe. É isso que conecta e que gera movimento.

Lembre-se: o valor do que você faz não está apenas no objeto final, mas no amor, no cuidado e na autenticidade que você coloca em cada detalhe.

Comece pelas ondas. Deixe que elas se expandam naturalmente. E quando menos esperar, o seu trabalho terá se transformado em algo muito maior do que você sonhou – porque ele nasceu do que há de mais verdadeiro: você!!

Beijuuuuuuuuuuu

 

GALAXOLIDE: O MITO DO FIXADOR DESVENDADO

Olá, Amadas!

Hoje o assunto é polêmico, minha senhora… Vamos falar de um nome que circula há anos no mercado artesanal e perfumista: o Galaxolide.

Você já ouviu por aí que ele é um fixador de perfumes? Pois é, muita gente acredita nisso e sai comprando como se fosse o ingrediente mágico que vai fazer o perfume durar para sempre. Mas será que é verdade mesmo?

Segura na minha mão que hoje vamos desmistificar esse conceito de uma vez por todas. Aqui a gente não enrola: traz a informação correta, direto da fonte e com embasamento técnico.

Bora lá?!

 

O QUE É O GALAXOLIDE?

Antes de tudo, precisamos entender de onde vem esse nome tão falado.

O Galaxolide é o nome comercial do composto aromático HHCB, quimicamente chamado de hexamethyl indanopyran. Ele pertence à família dos almíscares sintéticos, muito usados na perfumaria moderna por trazer aquele cheirinho limpo, suave e levemente adocicado, que lembra o frescor de tecidos recém-lavados.

É um ingrediente criado justamente para atuar como NOTA OLFATIVA, e não como fixador. Ou seja, ele tem seu próprio aroma e sua própria função dentro da construção de uma fragrância.

 

O MITO DO FIXADOR

E aqui está o ponto mais importante: Galaxolide não é fixador de fragrâncias.

Esse mito se espalhou tanto que até hoje vemos receitas e cursos por aí ensinando a usar o Galaxolide como se fosse o segredo para QUALQUER perfume durar mais.

Mas a verdade é que ele não segura as outras notas, nem prolonga a vida de um perfume por conta própria. O que acontece é que o próprio cheiro do Galaxolide é duradouro – ele tem baixa volatilidade, o que faz com que sua presença olfativa permaneça por mais tempo.

Isso significa que, quando você sente algo “fixando” depois de algumas horas, não é a fragrância completa que continua ali, mas sim o resíduo do próprio Galaxolide que deixou o seu residual.

Então vamos deixar claro: ele não faz as notas cítricas, florais ou de corpo durarem mais. Ele simplesmente fica, porque é mais pesado e evapora lentamente.

 

A QUÍMICA POR TRÁS DO EQUÍVOCO

O Galaxolide, nome comercial do hexamethylindanopyran (HHCB), foi sintetizado na década de 1960 pela International Flavors & Fragrances (IFF). Sua fórmula molecular é C₁₈H₂₆O, com peso molecular de 258,4 g/mol.

Na prática, isso significa que ele é uma molécula relativamente pesada, com baixa pressão de vapor e, portanto, baixa volatilidade. É justamente essa característica físico-química que gerou a confusão: como ele evapora lentamente, acaba permanecendo perceptível na pele e no papel por muito mais tempo do que outras notas mais leves.

Só que, atenção: isso não significa que ele “segura” outros aromas. Ele apenas persiste sozinho.

O resultado é a ilusão de que ele fixa tudo, quando, na realidade, é apenas o próprio cheiro dele — limpo, levemente floral, adocicado e almiscarado — que continua presente.

Para você ter ideia, o aroma do Galaxolide pode durar mais de 24 horas na pele e mais de uma semana no papel. Impressionante, né? Mas, mais uma vez: essa é a persistência dele, não da fragrância como um todo.

 

E FIXADOR EXISTE?

Esse é outro mito muito comum no mercado: a ideia de um “fixador mágico” que você pinga na sua fórmula pronta e resolve tudo. Não existe isso!

A fixação verdadeira vem da construção olfativa feita pelo perfumista. É dentro da formulação que se escolhem os ingredientes certos para dar tenacidade, corpo e durabilidade a um perfume.

E como isso acontece?

Tudo se baseia na famosa pirâmide olfativa:

  • Notas de cabeça: geralmente cítricas e leves, evaporam rápido.
  • Notas de corpo: florais, frutais, aromáticas; têm duração intermediária.
  • Notas de fundo: madeiras, resinas, doces, musks – são elas que realmente ficam na pele e garantem fixação.

É nesse último grupo que o Galaxolide se encaixa: como uma nota de fundo musk sintética, não como um fixador externo.

 

O RISCO DE USAR GALAXOLIDE ERRADO

Agora, deixa eu te contar algo importante: quando alguém adiciona Galaxolide numa fragrância já pronta, tentando “melhorar” a fixação, na verdade pode estar estragando o equilíbrio da essência.

Isso porque a pirâmide olfativa é uma construção delicada. Cada nota tem seu tempo e intensidade de evaporação. Se você pesa a mão em uma matéria-prima que não estava prevista pelo perfumista na construção da essência, você corre o risco de desequilibrar a fragrância inteira.

Imagine pegar um perfume cítrico, leve e fresco – como o famoso Light Blue – e despejar uma carga de Galaxolide nele. O resultado? O perfume perde sua leveza, fica pesado e descaracterizado. Você desestrutura a obra de arte que o perfumista construiu.

 

ONDE O GALAXOLIDE REALMENTE ENTRA

Então, quando o Galaxolide deve ser usado?

Ele só faz sentido durante a criação da essência PELO PERFUMISTA, quando se quer trazer essa nuance musk, limpa e persistente para o perfume.

Nessa etapa, ele é balanceado com outras matérias-primas, de acordo com o perfil olfativo desejado.

Se o objetivo for um perfume cítrico, por exemplo, ele naturalmente terá menor fixação, mesmo com Galaxolide, porque notas leves evaporam rápido. Já perfumes orientais, ambarados, gourmands ou amadeirados têm mais durabilidade, não por causa de um ingrediente isolado, mas pela natureza robusta das matérias-primas escolhidas.

Ou seja: Galaxolide é apenas mais uma cor na paleta do perfumista, não uma cola mágica que segura todas as outras, na hora de fazer o produto final.

 

O QUE REALMENTE GARANTE A FIXAÇÃO?

Agora que já tiramos o mito do caminho, vamos entender o que faz um perfume durar de verdade:

Qualidade da matéria-prima – Ingredientes bem produzidos, estáveis e de moléculas maiores tendem a fixar melhor.

Perfil olfativo da fragrância – Estruturas cítricas e frescas têm menor durabilidade, enquanto orientais, amadeirados e gourmands permanecem por mais tempo.

Concentração – Perfumes (extrato) e Eau de Parfum duram muito mais do que colônias e águas.

Tipo de pele – Peles oleosas seguram mais o perfume; peles secas fazem evaporar mais rápido.

Clima e temperatura – Em dias quentes, a volatilidade é maior e o perfume evapora mais depressa.

Aplicação correta – Áreas de pulso, pescoço e dobras do corpo liberam melhor a fragrância por conta da circulação sanguínea presente nessas partes do corpo.

Hidratação – Pele hidratada segura o aroma por mais tempo.

 

CONCLUSÃO: A VERDADE LIBERTADORA

Amadas, o que precisamos entender é que não existe milagre na fixação de fragrâncias.

O que existe é estudo, técnica e formulação inteligente. O Galaxolide pode ser um ingrediente interessante quando usado por perfumistas, mas ele não é – e nunca será – o fixador que o mercado vende como solução pronta.

Então, não caia nessa armadilha. Valorize sua produção, escolha boas essências e entenda o comportamento das matérias-primas. Assim, você economiza, cria produtos mais equilibrados e, acima de tudo, leva verdade para o seu consumidor.

E eu te pergunto: se o Galaxolide fosse mesmo o fixador mágico que dizem por aí… você acha que eu também não usaria em todas as minhas criações? Claro que sim!

Mas aqui a missão é outra: ensinar com transparência e construir um mercado cada vez mais consciente.

Agora me conta aqui nos comentários, você também já acreditou nesse mito?

Beijuuuuuuuuu

 

 

Vela Aromática Beira-Mar

Materiais necessários:

Pré-produção: Elementos fundo do mar e Pérolas

Materiais de apoio:

Modo de fazer:

Elementos fundo do mar e Pérolas
Em uma panela esmaltada ou de alumínio, coloque a parafina e leve à fonte de calor até que derreta totalmente. Assim que estiver em estado líquido retire da fonte de calor e preencha as formas de perolas, com o restante da parafina, adicione o corante aos poucos até obter o tom desejado dos elementos do mar. Quando a temperatura estiver abaixo de 60°C adicione a essência e mexa bem.

Preencha a forma de silicone dos minis caramujo e concha com a parafina e aguarde até que fique completamente fria para desenformar. Repita o processo até finalizar toda a parafina da panela, se precisar reaqueça, porém, não muito.

Após finalizar a produção, coloque os elementos em potes separados e adicione um pouco de mica rosa e azul para as conchas e caramujos e mica prata com dourado para as pérolas, misture para que cubra todos os elementos. Reserve para a decoração.

Vela:
Em uma panela esmaltada ou de alumínio, coloque a cera e leve à fonte de calor até que derreta totalmente. Assim que estiver em estado líquido retire da fonte de calor. Quando a temperatura estiver abaixo de 60°C adicione a essência e mexa bem.

Coloque o ilhós na ponta de baixo do pavio, em seguida, fixe o adesivo na base do ilhós e posicione o pavio no centro do porta-velas. Despeje uma pequena quantidade de cera, aproximadamente dois dedos de altura, deixando espaço suficiente para finalizar com o chantilly e os elementos decorativos. Reserve até que a cera endureça.

Chantilly:
Em uma panela esmaltada ou de alumínio, coloque a cera de coco e leve à fonte de calor até que derreta completamente. Assim que estiver líquida, retire do calor, adicione o pigmento e misture bem até obter o tom desejado. Quando a temperatura estiver abaixo de 55°C, adicione a essência e misture bem. Transfira para uma bacia e bata com um fuet. Deixe esfriar um pouco, espatule e bata novamente com o fuet. À medida que a cera esfria e você continua espatulando, ela ganha consistência, quanto mais você mexe, mais encorpada fica. Assim que atingir a textura de chantilly, transfira para a manga de confeitar com o bico já posicionado e comece a montagem.

Montagem:

Pegue o porta-velas já preparado com a base da vela e comece aplicando o chantilly ao redor do pavio. Lembre-se de manter uma altura adequada para que a tampa possa fechar sem danificar os elementos decorativos.

Escolha um dos lados e adicione um pouco de parafina de soja ralada (você pode ralar uma vela piloto que já tenha ai), essa parafina é para criar o efeito de areia da praia. Em seguida, distribua delicadamente os elementos do mar sobre a superfície. Agora, meça a altura necessária e corte o pavio na diagonal para facilitar, lembre-se da altura da tampa.

Para finalizar, passe o fio de cetim pela tampa se quiser pode colocar um pingo de cola quente para segurar o fio e complete a decoração com as flores, trazendo charme e delicadeza ao acabamento.

Está pronta sua Vela Aromática.

Validade: 2 anos

Modo de usar: 
Antes de acender a sua vela, retire a canela em pau, corte o excesso do pavio deixando 0,5cm, posicione-a em cima de um prato ou suporte apropriado para não escorrer a cera pelo móvel, certifique-se de que não tenha cortina ou nenhum material inflamável perto da chama. Acenda a sua vela e mantenha acesa enquanto estiver sendo acompanhada de um adulto. O máximo de tempo seguro para manter a sua vela acessa é de 3 a 4 horas.
Atenção: Não deixe sua vela ao alcance de crianças ou animais domésticos.

Olá, Amadas!

No blog de hoje eu quero conversar com vocês sobre um tema superinteressante, pouco discutido, mas que pode ser muito valioso para nós como pessoas e, é claro, como profissionais do mercado de cosmética artesanal: As Gerações!

Saber em qual geração cada um de nós nasceu é mais do que uma curiosidade: é um mapa de contexto que mostra como o mundo nos moldou e onde dá para destravar implicações e hábitos para seguirmos mais leves, prósperos e conscientes.

É importante antes de mais nada entender que cada geração é uma lente de análise, não uma caixinha para rotular ou limitar nossos potenciais; muito pelo contrário, entender sobre isso é como colocar uma lupa, que pode servir para entender padrões e verificar posturas. E é a partir dessa aquisição de consciência que a magia da mudança acontece!

Ahhhh e lá no final da matéria eu te dou dicas incríveis de como acessar cada tipo de geração para apresentar e vender melhor os seus produtos!!

Bora lá?

 

O QUE É “GERAÇÃO”

Quando falamos em geração, estamos olhando para cortes de nascimento que reúnem marcos históricos, culturais, econômicos e tecnológicos durante a formação da identidade de uma pessoa.

Os recortes mais usados ​​hoje trazem:

 

GERAÇÃO SILENCIOSA (1928–1945)

A chamada “Silent” (silêncio em inglês) antecede os Boomers e costuma ser delimitada entre 1928 e 1945, sendo marcada por infâncias e adolescências sob crises globais e de transição social, o que favoreceu valores de DISCIPLINA e RESILIÊNCIA.

Pontos fortes: foco, parcimônia e senso de dever.

Desafios: dificuldades e menor abertura à experimentação.

Como trabalhar: Entender essas características ajuda a acolher ritmos diferentes dentro da família e do trabalho.

 

A GERAÇÃO DOS BABY BOOMERS (1946–1964)

Nascidos no pós-guerra, os Boomers foram impactados pela expansão massiva da TV e por uma economia de crescimento, o que ativou AMBIÇÃO, COMPETITIVIDADE e AMOR PELA ESTABILIDADE CONQUISTADA.

Pontos fortes: experiência, perseverança e visão de longo prazo

Desafios: tendência a hierarquizar demais e resistir a novas formas de trabalhar.

Como trabalhar: Considerar isso abre espaço para diálogo intergeracional sem atrito.

 

GERAÇÃO X (1965–1980)

A Geração X cresceu com a revolução dos computadores, no intervalo entre a TV dominante e o digital nascente, desenvolvendo AUTONOMIA, PRAGMATISMO E SENSO DE “DAR CONTA DE TUDO”.

Pontos fortes: adaptabilidade e execução.

Desafios: cinismo e sobrecarga silenciosa.

Como trabalhar: Mapear esses padrões ajuda a delegar, pedir apoio e construir rotinas mais sustentáveis.

 

MILLENNIALS OU GERAÇÃO Y (1981–1996)

A geração do milênio foi moldada pela explosão da internet e pela entrada no mercado de trabalho em meio à grande recessão, o que combinou MENTALIDADE DIGITAL COM ANSIEDADE POR ESTABILIDADE E PROPÓSITO.

Pontos fortes: colaboração, criatividade e alfabetização digital.

Desafios: comparação crônica e frustração com trajetórias não lineares

Como trabalhar: Nomear essas características permite trocar pressa por consistência e ritualizar o progresso, amadas.

 

 

GERAÇÃO Z (1997–2012)

A Geração Z já nasceu em ambiente “sempre conectado”, com smartphone, redes sociais, Wi‑Fi e streaming como padrão desde a infância, o que acelera o acesso à informação e REINVENTA A PERCEPÇÃO DE PERTENCIMENTO E CONSUMO.

Pontos Fortes: autodidatismo, multiformato e consciência de diversidade

Desafios: distração, sobrecarga informacional e vulnerabilidade ao comparativo social

Como trabalhar: Criar limites saudáveis ​​com tela e rotina de cuidado é a chave.

 

GERAÇÃO ALPHA (2010–2024)

A Geração Alpha tende a se destacar por fluência tecnológica, aprendizado visual-interativo e alta capacidade de adaptação, enquanto enfrenta desafios ligados à hiperexposição a telas, atenção fragmentada, riscos de socialização e segurança digital que exigem mediação adulta.

É uma coorte numerosa e influente, com poder de consumo crescente e expectativa por experiências personalizadas, mas que precisa de limites e diretrizes claras para transformar conectividade em bem‑estar e aprendizagem saudável.

Pontos Fortes: Fluência digital e navegação precoce em dispositivos e plataformas, potencial de desenvolver coordenação, pensamento espacial e multitarefa via jogos e conteúdos audiovisuais, crescem em contextos mais plurais e personalizados, o que amplia repertórios de expressão, consumo e colaboração global.

Desafios: Exposição intensa a telas desde muito cedo, com efeitos potenciais em atenção, socialização e hábitos de vida que pedem limites claros e mediação intencional.

Como trabalhar: Por sua tendência a buscar respostas rápidas e formatos curtos, podem sentir dificuldades em manter o foco sustentado e leitura profunda, é importante sempre que haja um contrapeso pedagógico.

 

COMO AS FAIXAS SE DEFINEM

Os recortes não são ciência exata; são ferramentas para comparar as faixas e entender como eventos diferentes deixam marcas distintas nas atitudes e decisões de cada um.

Esses eventos nos moldaram, cada camada tecnológica e histórica ajuda a explicar por que cada geração sente, comunica e decide de maneiras diferentes, e por que, para que as gerações colaborem entre si é necessário haver consciência, colaboração e um alinhamento de expectativas, entendendo as diferenças que cada uma tem para a “Visão de mundo”.

Você já parou para pensar como cada geração teve uma infância e uma criação diferente por conta dos contextos?

Por exemplo: Boomers foram impactados pela TV e prosperidade do pós-guerra; Geração X pela chegada dos computadores; Millennials pela internet; Geração Z pelo mobile first (tudo na palma da mão e na tela do celular o tempo todo) e redes; Alpha que já nasceram rodeados por telas em todos os seus ambientes, inclusive nas escolas.

É importante lembrar também que diferenças dentro de uma mesma geração podem ser tão grandes quanto entre gerações, então evite generalizar pessoas dentro de uma caixinha e use essa “lente” que permite ver as diferenças entre cada um como um aliado na hora de entender o outro e alinhar expectativas.

Ao nomear forças e armadilhas típicas, criamos uma linguagem comum para negociar prazos, feedback e cuidado, trocando atrito por acordos claros e aprendizagem entre idades!!

 

POR QUE ISSO É IMPORTANTE NO DIA A DIA

Quando entendemos o “de onde eu vim” geracional, ganhamos vocabulário para atuar em torno da origem e dos valores das pessoas a nossa volta, conseguindo assim atualizar estratégias e reprogramar hábitos de trabalho, estudo, vendas e autocuidado.

É assim que a gente sai do automático, escolhe novas respostas e transforma a rotina em experiência, mesmo no nosso trabalho como artesãs, você pode usar esse conhecimento do briefing de uma criação até o pós‑venda, da bancada à vitrine, é sobre dar contexto e voz à maneira de ver o mundo que cada um tem, e isso é altruísta e democrático. Faz com que as pessoas se sintam realmente vistas e ouvidas!

APLICANDO ESSE CONHECIMENTO NO NOSSO NEGÓCIO

Comunicação: ajuste do tom ao repertório geracional.

  • Dê sempre mais contexto para Boomers e Geração X;
  • Seja mais visual, rápido e interativo para Millennials e Geração Z
  • Aposte no lúdico e guiado para os Alpha.

Agora, vou te dar alguns exemplos de como adaptar o seu modo de trabalhar com artesanato levando em consideração cada uma das características das gerações:

Baby Boomers: confiança e resultado

Os Boomers valorizam qualidade percebida, atendimento próximo e rituais clássicos de autocuidado, respondendo muito bem a kits presenteáveis, fragrâncias atemporais e promessas de eficácia com segurança.

Valorizam os canais de comunicação com serviços humanos: loja física, WhatsApp e catálogo físico, acessá-los por essas vias constrói um vínculo. Pensando no quesito segurança, tags e folhetos explicativos com boas práticas de rituais de beleza e utilização do produto reforçam a confiança na produção artesanal.

Geração X: pragmatismo e valor

A Geração X equilibra orçamento e desempenho, comparando rótulos e optando por soluções funcionais que “resolvem de primeira” (sabonetes terapêuticos, velas com benefícios, rotinas enxutas, produtos 2em1).

Conteúdos didáticos sobre ingredientes e cuidados de uso, combinados a catálogos claros e consistentes, aceleram a decisão pela compra quando falamos sobre essa geração.

Millennials (Geração Y): propósito e transparência

Millennials impulsionam o “premium acessível” e pagam mais quando entendem a origem e percebem valor no seu produto, rastreabilidade e história do artesão, desde que a entrega seja consistente e a marca viva seus de fato os valores que promete.

Sustentabilidade e embalagem consciente pesam na compra, mas rejeitam greenwashing (ou seja, é uma estratégia de marketing enganosa, em que o discurso “verde” é usado apenas para atrair consumidores preocupados com o meio ambiente, mas na prática as ações não correspondem).

Além disso, pedem dados objetivos e storytelling honesto sobre ingredientes.

Geração Z: velocidade, ciência e inclusão

A Geração Z pesquisa ingredientes e benefícios antes de comprar, alternadamente entre loja física e online, experimenta marcas novas com frequência e espera preço‑valor justificado por evidência e desempenho.

Essa geração valoriza comunicação autêntica, produtos inclusivos de gênero e práticas sustentáveis ​​verificáveis, preferindo marcas que convidam para cocriação e mostram bastidores reais da bancada.

Geração Alfa: influência precoce e segurança

Um Alpha nasce 100% no século XXI, mediado por telas e por pais Millennials, o que acelera a descoberta lúdica e critérios de segurança e didatismo nas escolhas familiares.

Para marcas artesanais, materiais educativos sobre uso seguro, fragrâncias suaves e embalagens com informações claras ganham relevância em kits infantis e presentes pedagógicos.

 

MAS E EU? COMO ME IDENTIFICAR SEM ME LIMITAR?

Use a sua data de nascimento como ponto de partida, leia o contexto que moldou seu início de vida e observe o que ainda guia as suas escolhas hoje. Avalie: aquilo que ajuda, fica; o que te trava, a gente recicla, ressignifica!

Lembre-se só de tomar consciência de um padrão que você segue, já estará com uma parte do caminho andado em direção à mudança. O importante é usar esse “mapa de comportamentos” para negociar necessidades e praticar hábitos compatíveis com o presente que você quer construir, e não necessariamente com o que foi PROGRAMADA para querer.

Por exemplo, se você sempre diz para si mesma: “Ahhhh eu não tiro fotos boas porque não tenho intimidade com tecnologia, não sei mexer bem no celular”.

Que bom que você percebeu esse limite, mas isso não necessariamente é uma sentença, que determina que você nunca conseguirá!

Pense: “De que forma eu posso mudar essa minha realidade?” Fazer um curso específico? Pedir ajuda a alguém que seja paciente e esteja disposto a me ensinar?

Quando tomamos consciência dessas nossas crenças limitantes e temos a coragem e vontade de mudar, O CÉU O LIMITE!!

 

DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO, UM PACTO

Se cada geração traz um presente, o melhor que fazemos é trocar saberes: constância dos bem mais velhos, adaptabilidade dos que estão na fase adulta e velocidade e imaginação dos mais novos — todo mundo ganha!

E quando cada uma entende seu padrão, o catálogo da vida fica mais bonito: menos ruído, mais presença, mais propósito!

Que cada uma leve deste estudo um compromisso simples: presença no hoje, constância no fazer e verdade na comunicação — quem sente verdade, confia; quem confia, volta.

Com amor, respeito e mãos à obra, não é só sobre arrasar: é sobre transformar vidas com arte, propósito e entrega — é assim que seguimos, sempre!!

 

Beijuuuuuuuuuuuuuuuuu

 

Olá, amadas!

Ainda “surfando” na onda do tema das lembrancinhas, hoje eu venho conversar com vocês sobre um tópico muito importante quando pensamos em um trabalho de qualidade: O CATÁLOGO!

Você já tem um? Sabe como fazer? Não? Então calma, que neste blog eu vou explicar tudo sobre esse tema!

Hoje vamos mostrar como vocês podem se fortalecer no universo das lembrancinhas e, o melhor: esse conhecimento pode ser utilizado não só por quem é do mundo da cosmética artesanal, mas também por outras artesãs do ramo de personalizados.

As dicas que vou dar neste blog são exatamente o que eu faria se estivesse começando o meu negócio hoje — como montaria meu catálogo de produtos para arrasar nas vendas.

Então, papel e caneta na mão e bora estudar!

 

POR QUE UM CATÁLOGO É ESSENCIAL PARA O SEU SUCESSO?

Amadas, antes de mais nada, é importante entender por que um catálogo é essencial para divulgar seu trabalho com lembrancinhas.

Ele é o que permite mostrar o seu trabalho com profissionalismo e cuidado para o cliente; transmite o seu estilo, a sua postura e constrói a percepção que ele terá sobre você e seus produtos. Ou seja: é uma das portas de entrada para o cliente conhecer mais sobre você e sobre o seu trabalho.

Criar um catálogo também facilita o caminho para que a pessoa entenda melhor o que você faz e perceba se o que você entrega está dentro das expectativas dela — ou até mesmo se supera o que ela imaginava!

E vamos combinar: no mundo atual, onde tudo é visual e imediato, quem não tem um catálogo bem estruturado já sai perdendo na largada. O cliente quer ver, se encantar, imaginar como aquela lembrancinha vai ficar no evento dele. E é exatamente isso que um bom catálogo proporciona!

Lembrem-se: vocês não estão vendendo apenas um produto, estão vendendo uma experiência, uma memória que vai durar para sempre na vida das pessoas. E o catálogo é a ferramenta que comunica toda essa magia!

 

OS PILARES DE UM CATÁLOGO IRRESISTÍVEL

  1. Fotos de qualidade: o primeiro impacto que encanta

O que compõe um bom catálogo?

Vamos começar falando das fotos de qualidade. Quem aqui já viu um catálogo com foto ruim? A foto é o primeiro impacto, o que chama a atenção do cliente quando ele olha para o seu catálogo.

É preciso, portanto, caprichar e tirar excelentes fotos dos seus produtos para incluir no catálogo.

Uma dica importante é buscar referências de produtos parecidos com os que você faz e observar como aquelas fotos foram produzidas: qual a iluminação utilizada? Quais elementos compõem a cena? O que está em destaque? O que é apenas complemento? Quais cores aparecem?

Quanto ao cenário, você pode usar o mesmo fundo, ambientação e iluminação padrão para todos os produtos ou criar ambientações exclusivas para cada tema. E lembre-se: quanto mais o produto estiver em destaque na foto, melhor!

Algumas dicas práticas para fotos incríveis:

  • Use luz natural sempre que possível;
  • Mantenha um padrão de cores e estilo;
  • Invista em fundos neutros que realcem o produto;
  • Mostre o produto em diferentes ângulos
  • Crie composições harmoniosas com elementos decorativos

 

  1. Descrições que não só vendem, encantam!

Outro ponto muito importante é a descrição objetiva — tanto sobre o que você faz, quanto sobre os produtos e seu portfólio. Escreva de uma forma agradável e clara para o cliente, sempre com atenção à ortografia.

Suas descrições devem incluir:

  • Características técnicas: tamanho, peso, duração (no caso de velas), ingredientes principais;
  • Benefícios emocionais: “desperta memórias afetivas”, “cria uma atmosfera acolhedora”, etc;
  • Personalização disponível: cores, aromas, embalagens customizadas;
  • Diferencial artesanal: “feito à mão com ingredientes selecionados”;
  • Cuidados e conservação;
  • Tempo de produção (transparência é essencial)

Lembrem-se: a descrição deve despertar emoções e criar conexões. Não falem apenas do produto, falem da experiência que ele proporciona!

 

ESTRATÉGIA VENCEDORA: A LINHA DO TEMPO DAS CELEBRAÇÕES

Uma das principais dicas para montar seu catálogo é separar os momentos da vida em que as pessoas compram lembrancinhas. Organize isso em uma linha do tempo: em quais ocasiões as lembrancinhas são mais procuradas?

Fizemos uma lista dos principais momentos em que as pessoas costumam procurar por lembrancinhas, veja abaixo:

  • Noivado
  • Despedida de solteiro(a)
  • Chá de lingerie
  • Chá de cozinha
  • Casamento
  • Kit padrinhos
  • Kit lua de mel
  • Chá de revelação
  • Chá de bebê
  • Nascimento/maternidade
  • Kit para o quarto do bebê
  • Batizado
  • “Mêsversário”
  • Crisma/Primeira Comunhão
  • Aniversário infantil
  • 15 anos
  • Formatura
  • Aniversário adulto
  • Bodas

É claro que você não precisa ter todo esse portfólio, mas quanto mais opções oferecer, mais chances terá de vender.

A ESTRATÉGIA DOS TEMAS EM ALTA

Depois de listar as datas, pesquise quais temas estão na moda dentro de cada ocasião. Por exemplo, no chá de revelação: quais são os temas do momento?

Escolha 2 ou 3 temas e produza lembrancinhas completas (com rótulo, embalagem e tag) para cada um deles. Isso mostra ao cliente o que você é capaz de entregar uma produção de acordo com o que está em alta no mercado.

Quanto mais exemplos de comemorações e lembrancinhas tiver, mais completo ficará seu catálogo. Você pode disponibilizá-lo em plataformas digitais, muitas delas já trazem um campo específico para a exibição de catálogos comerciais como a “lojinha” do Instagram, ou o campo de catálogo do WhatsApp Business.

 

FERRAMENTAS DIGITAIS PARA ARRASAR

Quando falamos em catálogo virtual, aproveite as ferramentas digitais disponíveis. Uma que sempre recomendo é o CANVA — intuitivo, fácil de usar e cheio de recursos. No YouTube, inclusive, há tutoriais gratuitos ensinando a mexer na ferramenta.

Isso ajuda a criar uma identidade visual única, fortalecendo a sua marca.

Elementos essenciais da sua identidade visual:

  • Paleta de cores consistente;
  • Tipografia padronizada;
  • Logomarca bem definida;
  • Templates para redes sociais;
  • Padrão fotográfico;
  • Tom de voz único na comunicação.

 

A EXPERIÊNCIA SENSORIAL DO CATÁLOGO FÍSICO

Além da versão virtual, você pode preparar ações especiais com um catálogo físico, levando amostras para clientes em potencial.

Essa estratégia é poderosa porque:

  • O cliente pode tocar, sentir o aroma e ver a qualidade real;
  • Cria uma experiência memorável;
  • Diferencia você da concorrência online;
  • Permite explicar pessoalmente os diferenciais;
  • Gera confiança e proximidade, ou seja, você cria um vínculo pessoal com o cliente.

 

O SEGREDO DAS ESSÊNCIAS: DEIXE O CLIENTE ESCOLHER

Na hora de definir as fragrâncias para suas lembrancinhas, lembre-se: quem escolhe é o cliente. Um cheiro que para você é incrível pode não agradar a ele.

A dica é ter uma seleção de aproximadamente 10 essências para apresentar.

Mas lembre-se a criação olfativa exclusiva é um serviço premium!

Se a cliente desejar um aroma exclusivo, trate como serviço de criação olfativa. Você fará uma entrevista e criará uma fragrância única para o evento — e isso deve ter um custo adicional. Afinal, a valorização do seu trabalho começa por você.

 

PROFISSIONALIZAÇÃO É A CHAVE DO SUCESSO

Amadas, como eu sempre digo: estudar é essencial para quem deseja se destacar! Isso vale para todos os aspectos do negócio — da escolha dos produtos à forma de se apresentar ao mercado.

Com um catálogo bem estruturado, você consegue:

  • Comunicar profissionalismo;
  • Facilitar o processo de venda;
  • Reduzir dúvidas dos clientes;
  • Aumentar o ticket médio;
  • Fidelizar clientes;
  • Diferenciar-se da concorrência.

E lembrem-se sempre: vocês não estão apenas vendendo lembrancinhas, estão vendendo momentos especiais, memórias afetivas, a materialização de sonhos e celebrações. Isso tem um valor inestimável e precisa ser comunicado através do catálogo!

E para te ajudar ainda mais, vou deixar aqui embaixo alguns links que complementam esse universo das lembrancinhas: um curso incrível sobre fotografia, a live completa em que exploramos o tema do catálogo, um vídeo no YouTube sobre como precificar lembrancinhas e uma matéria aqui do blog sobre como montar a mesa de lembrancinhas nas festas.

Ufa! É dica que não acaba mais, né, minha senhora?

Meu desejo é que vocês estudem, se profissionalizem e não apenas arrasem nas vendas, mas também sintam prazer em ser artesãs, encantando e perfumando a vida e as festas de muita gente por aí!

Como eu sempre falo: a valorização do trabalho de vocês começa por vocês mesmas. Invistam tempo, energia e carinho na criação do catálogo. Ele será a ponte entre o trabalho incrível que vocês fazem e o reconhecimento que merecem!

E aí, bora colocar a mão na massa e criar o catálogo dos sonhos?

Beijuuuuuuuu!

Link para curso de Fotografia no mercado artesanal:

https://cursospeterpaiva.com.br/mini-curso-fotografia-de-sucesso/

 

Link da live completa sobre “Catálogos” no Instagram:

https://www.instagram.com/p/DOJ0CxbD1yo/

 

Link vídeo Youtube sobre como precificar lembrancinhas:

https://www.youtube.com/watch?v=EaweqTDG4oc

 

Link para matéria do Blog sobre como montar a mesa de lembrancinhas perfeita nas festas:

https://www.peterpaiva.com.br/lembrancinhas-como-montar-a-mesa-perfeita-para-a-sua-festa/

 

 

Sabonete Líquido com Glitter

Materiais necessários:

Materiais de apoio:

Modo de fazer:

No becker, adicione a base para sabonete líquido em gel. Em seguida, coloque a essência e o extrato, misturando bem até obter uma mistura homogênea. Verifique a viscosidade e, se necessário, ajuste acrescentando um pouco mais de base. Em seguida, adicione o lauril e misture novamente para que o produto recupere sua transparência.

Acrescente algumas gotas de corante, adicionando gota a gota para não ultrapassar o tom desejado. Assim que obter a cor escolhida, acrescente um pouco de glitter.

Com os frascos já higienizados, envase utilizando uma jarra com funil ou um saco plástico, para facilitar o preenchimento.

Para a decoração, escolha algumas flores, retire o miolo e passe um fio de cetim, posicionando-as ao redor do frasco. Finalize com um laço bem no centro.

Pronto! Seu sabonete líquido com glitter está finalizado e pronto para encantar!

Validade: 1 ano

MODO DE USAR: 
Aplique sobre as mãos molhadas, faça movimentos circulares, deixe agir por 1 minuto e enxágue.

Olá, amadas!

Quem me acompanha sabe que uma das dúvidas que mais aparecem nos nossos grupos e nas minhas redes sociais é: “Peter, como faço para precificar minhas lembrancinhas corretamente?” E olha, eu entendo perfeitamente essa angústia! Muitas de vocês querem trabalhar com lembrancinhas, seduzidas pelo mercado super dinâmico das festas e celebrações, mas ficam perdidas na hora de colocar o preço. Será que está muito barato? Muito caro? Como saber se estou valorizando meu trabalho adequadamente?

No blog de hoje vamos mergulhar fundo nesse tema e desvendar todos os segredos da precificação de lembrancinhas! Desde a pesquisa inicial até a definição da margem de lucro ideal, para que vocês possam atuar com segurança neste mercado que é tão incrível e lucrativo.

Bora lá?

 

ENTENDENDO O MERCADO DE LEMBRANCINHAS: NICHOS E OPORTUNIDADES

Amadas, antes de falar sobre preços, precisamos entender o universo em que estamos inseridas. O mundo das celebrações é vasto e cada ocasião tem suas particularidades, expectativas e, principalmente, diferentes capacidades de investimento.

Quando falamos de casamentos, por exemplo, paga-se mais! Os noivos já estão preparados para investir pesado em detalhes que tornem o evento memorável. Já um batizado, chá de bebê ou aniversário infantil têm expectativas e investimentos diferentes. A gente tem que entender essas possibilidades!

E para começar com segurança, nada melhor do que fazer pesquisas! Comparar, ver o que tem por aí, ver os temas e realmente fazer essa grande investigação. Quando vocês estão ali “stalkeando” nas redes sociais – e não tenham vergonha disso, é estratégia pura! – por que não começar a procurar pessoas e empresas que trabalham com lembrancinhas?

Existem muitas e é muito interessante analisar a postura dessas pessoas que se tornaram profissionais valorizadas. Como é o tratamento com o cliente, como são as fotos, a descrição do produto… Já começa por aí! Essa observação criteriosa vai revelar padrões que vocês podem adaptar para o negócio de vocês, e é claro, para o preço final de sua lembrancinha.

Um ponto muito importante que vocês precisam gravar: toda vez que trabalhamos com lembrancinha, estamos trabalhando com uma referência que a própria pessoa já tem. Essa pessoa, ao planejar seu casamento ou festa, já buscou o estilo, a cor, e nós vamos ter que estar prontas para ir atrás de formas diferenciadas, rótulos customizados, tudo adaptado para essa cerimônia.

Lembrem-se: a lembrancinha é uma extensão daquele evento! Ela vai levar um pedacinho daquela festa para a casa da pessoa. Se é um aniversário de um ano, vocês primeiro têm que saber qual é o tema da festa – circo, safari, unicórnio – para então sugerir produtos alinhados com essa decoração.

CALCULANDO CUSTOS: A BASE SÓLIDA DA PRECIFICAÇÃO

Agora vamos para a parte técnica, que é fundamental! Antes de pensar em margem de lucro, vocês precisam ter total clareza sobre todos os custos envolvidos na produção. E quando eu falo “todos”, é todos mesmo!

Vou dar um exemplo prático para vocês entenderem. Digamos que vocês recebam uma encomenda de 130 velas personalizadas – uma influenciadora que já escolheu potes grandes e tem noção de que isso vai impactar o preço final. Ótimo! Ela já facilitou a nossa negociação.

Primeiro passo: quantas formas vocês vão precisar comprar especificamente para essa encomenda? Uma dica valiosa que eu sempre dou: não exagerem na quantidade! Para uma encomenda dessas, no máximo duas formas de cada formato solicitado já é suficiente. Digamos que precisem de oito formas no total, custando R$ 200,00.

Esse valor deve ser dividido pela quantidade total de lembrancinhas! No nosso exemplo, R$ 200,00 ÷ 130 unidades = aproximadamente R$ 1,54 por unidade que deve ser incorporado ao custo de cada produto.

Mas não para por aí! O cálculo de custo deve abranger todos os materiais utilizados: cera, essências, corantes, embalagens, etiquetas, fitas, papel de seda, sacolas personalizadas… ou seja, cada centavo investido no produto deve ser contabilizado. A qualidade da embalagem, a elegância da etiqueta personalizada, o cuidado com o lacinho… Esses elementos não são “mimos” gratuitos – são investimentos em qualidade que precisam estar refletidos no preço final!

 

DEFININDO A MARGEM DE LUCRO: VALORIZANDO SEU TEMPO E EXPERTISE

Agora chegamos na parte que vocês mais me perguntam sobre: qual margem de lucro aplicar?

Eu sempre aconselho que a margem de lucro mínima seja de 100% em relação ao custo total. Isso significa que se vocês gastaram R$ 10,00 para produzir uma lembrancinha, ela deve ser vendida por, no mínimo, R$ 20,00.

E não é por ganância, amadas! É para garantir a sustentabilidade do negócio de vocês e a valorização adequada do trabalho. Vocês precisam sobreviver (e viver!) do que fazem!

Para produtos que exigem trabalho manual mais elaborado – como pinturas detalhadas, laços sofisticados, arranjos complexos ou tags muito personalizadas, a margem pode e deve ser ampliada para 100% a 150%. E isso é super ok!

Lembrem-se: uma lembrancinha bem pensada, idealizada exclusivamente para um cliente, tem seu valor! Muitas vezes a pessoa procurou vocês justamente porque viu toda essa delicadeza, viu todo esse ponto de dedicação ao que fazem. Ela sabe que isso tem um valor, então não vendam o trabalho de vocês a preço de banana! Porque nem a banana hoje está mais tão barata assim, não é mesmo? Rsrsrs

Como eu sempre digo: a valorização do trabalho de vocês, antes de mais nada, começa por vocês mesmas!

 

A DIFERENCIAÇÃO DO ARTESANAL: EDUCANDO O CLIENTE SOBRE VALOR

Um dos maiores desafios na precificação de lembrancinhas artesanais é educar o mercado sobre a diferença entre produtos artesanais e industrializados.

É muito importante vocês entenderem e saberem explicar essa diferenciação para os clientes. Não adianta comparar o produto personalizado de vocês com algo industrializado produzido em massa – são universos completamente diferentes!

O que fazemos no universo da cosmética criativa tem alma! E isso precisa ser explicado para os nossos clientes. Uma vela artesanal pode ter muito mais fragrância, ser mais duradoura, ter fixação superior de perfume… Tudo isso é resultado de um trabalho cuidadoso, feito por mãos especializadas, não por máquinas!

Quando um cliente questiona o preço comparando com produtos industrializados, expliquem educadamente todas as diferenças e benefícios do produto de vocês. Falem sobre a qualidade superior dos ingredientes, a personalização exclusiva, o cuidado artesanal, a possibilidade de customização total…

Se mesmo assim a pessoa não compreender o valor do trabalho de vocês, não se ofendam! Tem gente que não entende esse conceito, e está tudo bem também. Simplesmente não é o cliente ideal para o produto de vocês.

Todo esse esforço em capacitação, escolha por matéria-prima e materiais de qualidade vai ser recompensado! Porque a pessoa vai comprar, vai ter uma resposta positiva dos convidados que ganharam a lembrancinha, e tudo isso gera algo satisfatório para vocês e para quem comprou.

IMPLEMENTANDO UMA ESTRATÉGIA VENCEDORA DE PRECIFICAÇÃO

Para implementar tudo isso com sucesso, é essencial manter organização e consistência! Criem uma planilha detalhada com todos os custos envolvidos em cada tipo de lembrancinha que produzem. Isso vai facilitar cálculos futuros e garantir que não esqueçam nenhum elemento importante.

Estudem constantemente o público-alvo de vocês e mantenham-se atualizadas sobre tendências e expectativas de cada nicho. O mercado de festas é dinâmico e as preferências podem mudar rapidamente.

E lembrem-se sempre: a qualidade deve ser inegociável! Todo o esforço investido em capacitação, escolha criteriosa de matérias-primas e materiais de qualidade será recompensado pelo retorno positivo dos clientes.

Sabendo atuar dentro do mercado de forma profissional, de forma séria, as pessoas vão valorizar o trabalho de vocês! Isso é o começo – entendendo os nichos de aniversário, batizado, chá de revelação… Cada um desses níveis tem seu perfil de cliente, e vocês precisam estar preparadas para atender com excelência.

Nunca se esqueçam: a valorização do trabalho de vocês, antes de mais nada, começa por vocês mesmas!

Com esses elementos bem alinhados, vocês estarão preparadas para arrasar neste mercado encantador e próspero!

E aí, bora colocar a mão na massa e valorizar o trabalho incrível que vocês fazem?

Beijuuuuuuuuuu